
Pois bem, depois de muito refletir, meu veredicto é SIM para
ele e um AH TÁ para Huxley que me fez ter nojo no começo, esperança e amor no
meio, e no fim aversão e pena tudo ao mesmo tempo pelos personagens principais.
Perturbador é ver que por mais que eu tenha mudado e que tudo no mundo tenha
mudado em 11 anos, minhas reações foram as mesmas, sinal de que nossa essência
não muda.
Esclarecendo alguns pontos importantes, o livro trás algumas
reflexões político-sociais como: A organização da pirâmide socioeconômica da
sociedade, padrões morais, existe verdade absoluta ou é disseminação de crenças
que comanda as massas, o condicionamento através da manipulação da comunicação,
Ciência evolutiva, Liberdade imposta versus Liberdade (livre arbítrio), a eliminação
da ética através da destruição da estrutura familiar, Felicidade versus
tristeza ou solidão e a importância desses sentimentos para a maturidade do indivíduo,
e por fim reflexão sobre o papel da figura de Deus e da religião para o
desenvolvimento do ser e também a radicalização da fé, tudo isso dentro de uma
história intrigante e perturbadora do começo ao fim.
Como disse antes, creio ser uma sátira bem construída, que
conta a história de um jovem que sofre bullying dentro de uma sociedade que foi
organizada para ser satisfatória para todos, uma jovem que também está fora dos
padrões, mas não tem força para mudar seu pensamento condicionado, um amigo que
ampliou seus conhecimentos e por isso não cabe mais dentro da fôrma que foi
imposta, e a tragédia de uma mãe e um filho que sofre uma reviravolta onde o
autor nos ilude com esperança e depois corta nossas asas. No livro, todos são
inocentes e todos são culpados, não tenho personagem favorito e também não os
odeio, sendo assim, espero que com mais um pouco de tempo eu consiga estruturar
e talvez até concordar com as criticas e com a maneira como foram colocadas, a
verdade é que “Admirável Mundo Novo” é mesmo admirável, chocantemente
admirável.
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